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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Legumes que Emagrecem




Para afinar a silhueta e chegar no próximo verão com as medidas no lugar, nada melhor do que investir, além dos exercícios físicos, em uma dieta equilibrada. Que deve conter, entre outros alimentos, muitas frutas, verduras e legumes. Esses últimos, são um dos campeões quando o assunto é emagrecimento. Ricos em fibras, eles prolongam a sensação de saciedade por muito mais tempo, evitando que você ataque a geladeira quando não deveria.


Conheça, abaixo, os legumes que devem entrar para a sua lista de compras do supermercado:
  • Abobrinha: composta de aproximadamente 94% de água. É um dos vegetais com menores taxas calóricas, uma xícara dela crua e fatiada possui menos de 20 calorias. É, ainda, uma boa fonte de vitaminas A, C e folato.

  • Alcachofra: boa fonte de folato, vitamina C e potássio. Tem poucas calorias e é rica em fibras. Deve ser consumida com cuidado por pessoas sensíveis, pois pode causar reações alérgicas.

  • Berinjela: tem pouquíssimas calorias, e proporciona uma sensação de saciedade, mas é pobre em nutrientes. Absorve muita gordura durante o cozimento, cerca de 4 vezes mais do que uma batata frita.

  • Beterraba: boa fonte de folato e vitamina C, além de possuir poucas calorias. Suas folhas, partes mais nutritivas do vegetal, ricas em potássio, cálcio, ferro, beta-caroteno e vitamina C podem ser cozidas e servidas como o espinafre. É o vegetal que possui o maior índice de açúcar.

  • Brócolis: rico em vitamina C e boa fonte de vitamina A e folato, o brocólis também conta com grandes quantidades de proteínas, cálcio, ferro e outros sais minerais. Rico em bioflavonóides e outras substâncias que protegem contra o câncer, é também pouco calórico e com alto teor de fibras.

  • Cenoura: Fonte de beta-caroteno, precursor da vitamina A, a cenoura ainda contém boas quantidades de fibras e potássio. Auxilia na prevenção da cegueira noturna, na diminuição dos níveis de colesterol no sangue e proteger contra o câncer. Porém, ela não deve ser consumida em excesso, pois pode dar à pele uma coloração amarelada.

  • Couve: Rica em beta-caroteno e vitaminas C e E, ácido fólico, cálcio, ferro e potássio, a couve contém bioflavonóides e outras substâncias que protegem contra o câncer. No entanto, se consumida em excesso pode causar flatulência.

  • Espinafre: suas folhas verdes possuem muitos nutrientes valiosos, como antioxidantes e bioflavonóides que ajudam a bloquear as substâncias causadoras de câncer. É rico em carotenóides, como beta-caroteno e luteína. Boa fonte de vitamina A e C, folato e potássio. Apesar dos inúmeros benefícios, o espinafre contém alta concentração de ácido oxálico, que atrapalha a absorção de ferro e cálcio e acelera a formação de pedras nos
rins e na bexiga.
  • Vagem: com uma quantidade razoável de nutrientes e fibras, uma porção de 100 gramas de vagem cozida fornece 25% das necessidades diárias de vitamina C de um adulto, cerca de 20% da porção diária recomendada de ácido fólico, bem como uma pequena quantidade de ferro. Assim como os feijões, pode causar flatulência em pessoas suscetíveis.

  • Inhame: rico em amido, beta-caroteno, vitaminas C e do complexo B. Contém, ainda, cálcio, fósforo e ferro. É recomendado na prevenção de doenças como dengue, malária e febre amarela.

  • Nabo: rico em fibras, com poucas calorias. Possui alguns compostos sulforosos que protegem contra certos tipos de câncer. Pode provocar flatulência e distenção abdominal. É fonte de vitamina C, cálcio e potássio.

  • Quiabo: pobre em calorias e rico em amido. Apresenta alto teor de folato. Rica fonte das vitaminas antioxidantes A e C e de potássio, eletrólito que mantém o equilíbrio de líquidos no organismo e que ajuda a transmitir os impulsos nervosos.

  • Repolho: ótima fonte de vitamina C, pobre em calorias e rico em fibras.Ajuda a prevenir o câncer de cólon e os tumores malígnos causados pelo estrogênio e a cicatrizar úlceras pépticas. Apenas nao abuse, pois se consumido em excesso, pode causar distenção abdominal e flatulência.
Por Malanny Serejo

Imunidade no Ayurveda



O conceito de imunidade, ou Vyadhi Ksamatva ou Bala, como é conhecida em Ayurveda, é fascinante e vasto. A resistência do corpo é de enorme importância no bem-estar diário dos seres vivos, para a prevenção e rápida recuperação de doenças; a imunidade desempenha um papel fundamental.

Pode-se observar que entre um grupo de pessoas expostas a uma determinada doença, apenas algumas serão atingidas, enquanto outras não sofrerão qualquer efeito. Este fenômeno remete a dois pontos importantes - os fatores patogênicos (causadores de doença), que exigem algumas condições essenciais favoráveis para florescer, e a suscetibilidade individual. Na ausência dessas condições, a imunidade ou resistência de um indivíduo pode erradicar a doença, garantindo a preservação e a manutenção de uma condição de equilíbrio. Este conceito é semelhante ao princípio explicado na literatura védica antiga: Manusmruti, Mahabharata e todos Panchatantra explicou que a semente plantada em solo não fértil será destruída, assim como o fogo num local sem combustível ou oxigênio desaparece. 

No Ayurveda, Ojas tem sido considerado essencial para o mecanismo de defesa do corpo. Em condições como o diabetes mellitus e desnutrição, onde a perda de Ojas é uma constante, as pessoas são mais vulneráveis a várias outras doenças degenerativas e infecções recorrentes. 

Como regra geral, aqueles que se entregam em uma rotina irregular e comem alimentos insalubres tendem a ter mais problemas de saúde. Por outro lado, aqueles que mantem um hábito regular, de rotina alimentar saudável mantem uma boa saúde geral. No entanto, pode-se observar que algumas pessoas podem tolerar e superar a doença, mesmo depois de desfrutar do alimento insalubre ou rotina irregular, conseguindo viver de maneira feliz e sem grandes problemas de saúde. Nota-se também que, embora algumas pessoas sigam uma rotina regular e comem alimentos saudáveis, eles ainda são bem suscetíveis à doença e sofrem de diversos problemas de saúde.Estas são as exceções.

O Ayurveda oferece explicações multifacetadas e profundas para este fenômeno. A ingestão de alimentos saudáveis e a adoção de uma rotina regular por si só não são suficientes para prevenir a doença. Outros fatores, tais como uma mente “equivocada”, a constituição, a conduta moral, o karma e o uso inadequado das percepções sensoriais – audição, tato, visão, paladar e olfato – também são responsáveis pelo aparecimento de doenças. Devido a esses fatores, as doenças se manifestam como leves ou graves, agudas ou crônicas, facilmente curáveis, de difícil cura ou incuráveis. 

Tipos de imunidade em Ayurveda 
Bala ou imunidade podem ser classificados em três tipos: 

1. Sahaja: genéticas, congênitas ou Natural 
2. Kalaja: Tempo, Estação, Idade 
3. Yuktikruta: adquirida

Sahaja Bala vem dos pais e é herdada. Hoje, em nossa sociedade moderna, muitas crianças tem alergia a diversos alimentos e substâncias, e parecem ser menos fortes do que os seus pais. Estas qualidades herdadas vem de seus ancestrais. Segundo a teoria do Ayurveda na genética, os fatores genéticos são definidos a nível celular. A célula inteira é referida como beeja; bhaga beeja é o núcleo, e avayava são os cromossomos. Se a composição genética dos dois pais é saudável, uma boa saúde será vista nos filhos, enquanto que se a sua composição genética inclui a susceptibilidade a certas doenças, essas tendências serão ser transferidas para a próxima geração. O efeito será a nível celular nuclear ou cromossômico. Como esta imunidade é herdada, não há muito o que fazer, exceto para atenuar ou retardar as manifestações por meio das várias modalidades da medicina indiana. 

De acordo com Kalaja Bala, a hora do dia, a estação, e a idade são fatores importantes para aumentar a imunidade: a força é maior no início da manhã, na estação da primavera e na juventude do que à noite, no verão e na idade avançada. Kalaja Bala varia também com a hora, dia da semana e local de nascimento e seu impacto sobre a imunidade pode ser bem marcado ou sutil. Em certos lugares as condições climáticas e ambientais são mais fortes e saudáveis; por exemplo, em lugares com abundância de água, lagoas, frescos e agradáveis, as condições climáticas são dominadas por kapha , o que contribui para uma maior imunidade. 

Yuktikruta Balarepresenta a imunidade adquirida, em que a doença pode ser combatida através do Ayurveda, que se concentra em três planos para a aquisição ou reforço da imunidade:

Rasayana é a promoção da saúde e rejuvenescimento de toda a fisiologia, produção de resistência contra a doença, tanto física quanto mentalmente. Se uma pessoa tiver uma mente forte, doenças graves podem ser enfrentadas pela fisiologia tanto quanto as doenças mais simples. 
Vyayama é exercício. O exercício diário – em até 50% de capacidade individual para o esforço – potencializa a digestão, fortalece o metabolismo nos dhatus (tecidos corporais) e promove a imunidade.

Satmyaé a adequação. Adaptar-se a substâncias saudáveis e deixar de lado as que são prejudiciais, as que viciaram a fisiologia desde o nascimento, também promove a imunidade. As classificações de Satmya são: 

1. Universalmente benéfica: certas ervas, alimentos e comportamentos são benéficos para todos, independentemente da constituição, localização, época ou circunstância. Exemplos incluem a água, o arroz, dormir à noite e exercício moderado. 
2. Universalmente nociva: algumas substâncias são consideradas prejudiciais para todos, incluindo fogo, álcalis, toxinas, venenos, a mistura de leite com alimentos ácidos, a mistura de leite e sal, mel e rabanete, mel e ghee misturados em proporções iguais, e mel aquecido a mais de 42 °C. 
3. Benéfica ou prejudicial: alguns alimentos e exercícios são bons para uma constituição em especial, mas pode ser prejudicial para outra. Por exemplo, o ghee é bom para constituições mais Vata e Pitta, mas não para Kapha. Nesta classificação de Satmya, os alimentos devem ser administradas em relação à constituição individual, estação, localização, hábitos alimentares e de saúde. 

Outros fatores que influenciam na imunidade do corpo: 

saúde do útero da mãe: um útero saudável para o crescimento de um bebê pode ser comparado ao solo fértil e nutritivo para uma semente. 

Nutrição após o nascimento: saudável, alimentação adequada na infância desempenha um papel importante no desenvolvimento da imunidade. 

Constituição: geralmente as pessoas de constituição Kapha tem maior imunidade que as de Pitta e Vata. 

Mente: uma mente forte voltada para Ojas gera mais pensamentos positivos, e é, portanto, um fator importante para a imunidade. 

Karma: nos casos em que um indivíduo tem uma constituição forte e saudável, a composição genética saudável, e vive de acordo com a natureza através da ingestão de alimentos saudáveis e de rotina regular, mas ainda sucumbe a uma doença grave, sutil fatores kármicos podem revelar-se como tendo um impacto importante sobre a imunidade.

Meditação para o crescimento espiritual: orientar a mente para a espiritualidade ou para o divino, naturalmente traz uma maior auto-consciência e pensamento positivo, reforçando assim a força mental e imunidade total. 

As seguintes formulações aumentar a imunidade: 
Mel + ghee em quantidades desiguais
Água + ghee + leite 
Água + + ghee + mel 
Mel + água + leite + ghee 
Água + leite 
Água + mel 
Água + ghee 
mel + leite 
Milk + ghee 
Leite + mel + ghee 
leite puro 
mel puro 
ghee puro 
água pura 
Triphala com mel 

Vale à pena que todos os sistemas médicos se concentrem em encorajar os indivíduos a aumentar a sua imunidade através de meios naturais. Favorecendo a natureza, a natureza vai apoiá-lo! 

Referências: 
Fundamentos da Ayurveda pelo Dr. LP Gupta, B. Sc., ABMS, Ph. D. (Chaukhamba sânscrito Pratishthan, Delhi, 1996)
Conceito de Ayurveda para a saúde perfeita e longevidade HS Vaidya Kasture

Artigo do Dr. Shekhar Annambhotla, diretor da AMNA - Associação Nacional de Medicina Ayurvédica integrante do Conselho editorial do jornal LOAJ - Light on Ayurveda Education Foundation.

“Diwali – Festival das Luzes para Lakshmi”


Diwali


Hindus comemoram o ano novo; brasileiros também têm a chance de festejar o Diwali.

Acontece essa semana, no dia 26, o Diwali, ou Divali, festival indiano dedicado a Lakshmi, a deusa da prosperidade e beleza. O Diwali é um feriado indiano muito festejado pelos hindus que, independente da religião, participam da festa cheia de fogos, dança, música, cores e luzes para a deusa. O Diwali comemora o começo de um novo ano e a vitória do bem sobre o mal. Segundo a mitologia, Lakshmi é raptada por um demônio e usa as luzes de lamparinas para se guiar na volta. Por isso, os indianos, que saem às ruas, cantam, dançam, enfeitam suas casas com lamparinas que servem para indicar para a deusa onde deve ser dada a benção.

Segundo o professor Anderson Allegro, do Aruna Yoga, “os hindus acreditam que, ao acender uma lamparina na janela de sua casa, a deusa é atraída e deixa a prosperidade em seu lar. Além disso, nesse dia é costume trocar presentes, doces e auxiliar as pessoas necessitadas para que a abundância chegue a todos.”

Para comemorar a data, vários festejos acontecem em escolas e teatros. O maior deles é o Diwali - Festival das Luzes para Lakshmi que acontece no teatro Gazeta em São Paulo. O espetáculo tem a direção de Prem Mukti Mayi e tem a intenção de retratar a festa como é feita na Índia, aproximando o Ocidente do Oriente. “Sou devota de Lakshmi e acredito fortemente que as pessoas precisam trabalhar de maneira mais útil a energia da prosperidade, do amor e da abundância (regidas por Lakshmi) achei que trazer o festival para cá seria uma boa idéia. Claro que não podemos trazer um festival de rua inteiro para cá, mas podemos trazer os hábitos, a cultura como é feito lá igualzinho para cá. Pesquisei bastante, fui muitas vezes para a índia e então trouxe essa experiência linda e inigualável para cá,” diz Prem.

Além das apresentações de música e dança, o festival vai oferecer outras atrações para quem comparecer ao local. “A principal atração são as atividades interativas no saguão. Temos um sacerdote que vai realizar um puja (cerimônia) no saguão, pedindo prosperidade para todos os presentes. Teremos ainda as confecções de guirlandas, de malas (colares de flores) e até os docinhos (prassads) devocionais de Lakshmi, que são distribuídos no final do espetáculo. Outro destaque importante é a música e o coral, que é toda feita ao vivo e composta por um time de pessoas que mesclam elementos como maracatu com intrumentos típicos hindus. Para esse ano a novidade fica por conta da participação da companhia RASA de dança, com a apresentação da dança tradicional indiana”, explica a organizadora.

O Diwali - Festival das Luzes para Lakshmi acontece dias 25, 26 e 27 de outubro, a partir das 20h30, no Teatro Gazeta em São Paulo.





Para quem não puder comparecer ao festival, mas ainda quiser comemorar o Diwali, outras escolas também vão realizar festividades.

No Aruna Yoga, a comemoração acontece dia 25 de outubro, a partir das 19h, como kirtans e oferendas. A colaboração é um quilo de alimento que será doado a uma entidade assistencial. O Aruna fica na rua Eça de Queiroz, 711, telefone: (11) 5579-5975.

O Espaço Rasa também comemora o Diwali no Viga Espaço Cênico, na rua Capote Valente, 1323, em São Paulo, no dia 25 de Outubro, às 20h.

A RECUPERAÇÃO DA PUREZA ORIGINAL


PASTOREIO DO TOURO

A RECUPERAÇÃO DA PUREZA ORIGINAL

Nos dez quadros do pastoreio do touro, o mestre zen Kaku-as Shi-em na dinastia Sung, ilustrou as etapas da doutrina zen. Ali está o homem, dividido em personalidade e espírito, esquecido da pureza original, lutando contra tudo, incapaz de distinguir entre a falsidade e a verdade. Mas, ao prestar atenção àquilo que o rodeia, percebe, através dos sentidos, a verdadeira natureza das coisas, eliminando toda noção de ganho e perda, de claro e escuro. Enfim, a dualidade desaparece quando se recupera a natureza original.

    PROCURANDO O TOURO    

O touro, na realidade, nunca foi perdido. Então, por que procurá-lo? Tendo dado as costas à sua verdadeira natureza, o homem não pode vê-lo. Por causa de suas ilusões, ele perdeu o touro de vista. Repentinamente, se acha confrontado por um labirinto de encruzilhadas. Desejos de ganhos e medos de perdas sobem como chamas; idéias de certo e errado aparecem como punhais.

“Desolado através da floresta, com medo, nas selvas, ele procura o touro e não encontra.
Para lá e para cá, grandes rios sem nome;
nas profundezas dos ermos das montanhas ele segue muitas veredas.
Cansado de coração e corpo, continua sua busca por aquilo que não pode ainda encontrar.
De tardinha, ouve as cigarras cantando nas árvores.”

ENCONTRANDO A PISTA
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Através dos sutras e ensinamentos, ele vislumbra as pegadas do touro. Foi informado que, assim como diferentes vasos (de ouro) são todos basicamente do mesmo ouro, assim também cada coisa é uma manifestação do próprio ser. Mas ainda é incapaz de distinguir o bem do mal, a verdade da falsidade. Não entrou ainda pelo portão, mas vê, numa tentativa, a pista do touro.

“Inumeráveis pegadas ele viu na floresta e nas margens das águas.
Não é aquilo que ele vê adiante, mato amassado?
Mesmo nas mais profundas grotas ou nos mais altos picos,
não pode ser escondido o nariz do touro que alcança para os céus nas alturas.”

PRIMEIRO VISLUMBRE DO TOURO 

Se ele somente escutar os sons de cada pegada, virá à realização e, naquele instante, verá a própria origem. Os seis sentidos não são diferentes desta verdadeira origem. Em todas as atividades a origem está manifestadamente presente. E análoga ao sal na água, à liga na tinta. Quando a visão interna está corretamente focada, realiza-se, que o que é visto é idêntico á origem.

“Canta o rouxinol num galho
o sol brilha nos salgueiros que ondulam;
ali está o touro, onde poderia esconder-se?
A esplêndida cabeça, os majestosos chifres,
que artista pode retratá-lo?”

SEGURANDO O TOURO

Hoje ele encontrou o touro que estava vadiando pelos campos selvagens. E verdadeiramente o pegou. Por tanto tempo se comprazeu nestes arredores que quebrar seus velhos hábitos não é fácil. Continua querendo o capim cheiroso, está ainda indócil e teimoso. Para domesticá-lo, completamente, o homem deve usar o chicote.

“Ele deve segurar firmemente a corda e não soltar
agora ele corre para as terras altas
agora demora-se nas ravinas enevoadas.”

DOMESTICANDO O TOURO

Com o nascimento de um pensamento, outro e outro mais nascem também. A iluminação traz à realização, pois estes pensamentos são irreais, já que não surgem de nossa verdadeira natureza. Somente porque a ilusão permanece, são os pensamentos tidos como reais. Este estado de ilusão não se origina no mundo objetivo, mas em nossas próprias mentes.

“Ele deve segurar o touro com força pela corda do nariz
e não permitir que vague sem cuidado.
Ele se torna limpo e claro. Sem cabrestos,
segue o dono por sua própria vontade.”

INDO PARA CASA MONTADO NO TOURO

A luta acabou, “ganho e perda” não mais afetam. Ele murmura canções rústicas dos montanheses e toca as cantigas simples da meninada da aldeia. Montado no lombo do touro, olha serenamente as nuvens que passam. Sua cabeça não se vira (na direção das tentações). Tente-se, como quiser, aborrecê-lo, e ele permanece imperturbável.

“Usando um grande chapéu de palha e capa,
montado e tão livre quanto o ar,
ele alegremente vem para a casa através das neblinas do entardecer.
Aonde quer que vá, cria a brisa fresca,
enquanto que no coração prevalece a profunda tranqüilidade.
O touro não requer nem um talo de capim.”

O TOURO ESQUECIDO, O EU SOZINHO

No dharma não há duas coisas. O touro e sua natureza original. Isso ele reconhece agora. A armadilha não é mais necessária quando o coelho foi capturado, a rede se torna inútil quando o peixe foi apanhado. Como o ouro separado da escória, como a Lua que apareceu entre as nuvens, um raio de luz brilha eternamente.

“Somente com o touro ele pode chegar a casa
mas agora o touro desapareceu e só e sereno senta o homem.
O sol vermelho passa alto no céu enquanto ele sonha placidamente.
Lá embaixo do telhado de sapé jazem, sem uso, chicote e corda.”

O TOURO E O EU SÃO ESQUECIDOS

Sumiram todos os sentimentos ilusórios e desaparecidas estão também as idéias de santidade. Ele não se demora (no estado de “eu sou um Buda”) e passa rápido (pelo estado de “e agora me livrei do orgulhoso sentimento de ser”) para não Buda. Mesmo os mil olhos (dos quinhentos Budas e patriarcas) não podem discernir nele qualquer qualidade específica. Se centenas de pássaros jogassem flores por sua casa, ele só se sentiria envergonhado.

“Chicote, corda, touro e homem pertencem igualmente ao vazio.
Tão vasto e infinito é o céu azul que não há conceitos que o alcancem.
Sobre o fogo flamejante o floco de neve se funde.
Quando este estado é realizado chega finalmente a compreensão do espírito dos antigos patriarcas.”

VOLTANDO A ORIGEM

Desde o começo, nunca houve nem um grão de poeira (para bloquear a pureza intrínseca). Ele observa o crescer e decrescer das coisas do mundo, enquanto permanece sem esforço, num estado de tranqüilidade inalterável. Isto (o crescer e decrescer) não é ilusório nem fantasmagórico (mas a manifestação da origem). Por que, então, é preciso lutar por algum objetivo? As águas são azuis e as montanhas verdes. A sós, consigo mesmo, ele observa o mudar sem fim das coisas.

“Ele voltou à origem, retornou à fonte primeira.
mas seus passos foram em vão.
E como se agora estivesse surdo e cego.
Sentado em sua palhoça, não procura coisas de fora;
fluem de si mesmas as águas correntes,
flores vermelhas desabrocham naturalmente vermelhas.”

ENTRANDO NA PRAÇA DO MERCADO

O portão de sua palhoça está fechado. Nem o mais sábio pode encontrá-lo. O seu panorama mental finalmente desapareceu. Ele vai no seu próprio caminho, não fazendo tentativa alguma de seguir os passos dos antigos mestres. Carregando uma garrafa, passeia pelo mercado; apoiado num bordão, volta para casa. Conduz os donos de botequins e peixarias ao caminho de Buda.

“De peito nu e descalço, dá entrada no mercado enlameado e coberto de poeira;
como sorri amplamente
sem recorrer a poderes especiais
faz com que as árvores ressequidas floresçam novamente.”

FONTE: ZEN-BUDISMO. Planeta especial. N. 188-A.

Os dez quadros do pastoreio do touro dizem respeito ao nosso desenvolvimento interior e possui também um significado mais amplo, pois neles se manifesta a busca da própria humanidade. Podemos também associar os quadros ao mito do filho pródigo do cristianismo. O filho pródigo “tendo dado as costas a sua verdadeira natureza”, se perde tal como o pastoreio do touro e perambula pelo mundo buscando a felicidade para, enfim, voltar e encontrá-la na casa do pai.

Os quadros representam nossa própria busca interior, pois todos temos que enfrentar nossos inimigos, que são as recordações, os hábitos e as repetições. É preciso que estejamos atentos a esses círculos viciosos e cansativos cujo peso impede que encontremos a paz e o repouso.

“Todo momento, esteja consciente e vigilante para não se apegar às suas percepções do universo – e os seres dentro dele – como reais e sólidos. Treine a si mesmo para encarar tudo como um jogo de aparições irreais.

RINPOCHE, Patrul. Words of my perfect teacher

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sri Sachcha Baba Maharajji


 
"Maharajji é uma árvore viva que tem dado muitos frutos. Isso é um fenômeno raro, muito raro.Uma coisa é um ser iluminado se iluminar. Outra coisa é este ser produzir outros iluminados. A promessa de Sachcha Baba está se cumprindo. A luz de Sachcha está se disseminando pelo mundo., através de seus discípulos. E Deus está sendo despertado." Prem Baba
Essa linda árvore (Guru do meu Guru) já não vive mais fisicamente desde ontem 23 de outubro de 2011, mas vibra e pulsa forte em nossos corações, resultando em muitos e muitos frutos maduros. Agora emana luz e amor com ainda mais energia, nos auxiliando para a expansão da Essência Divina!
"PRABHU AAP JAGO PRABHU AAP JAGO
PRABHU AAP JAGO PARMAATMA JAGO
MERE SAVA JAGO SARVATRA JAGO
PRABHU AAP JAGO PARMAATMA JAGO"

"Deus desperte. Deus desperte em mim.
Desperte em todos os lugares.
Acabe com o jogo do sofrimento.
Ilumine o jogo da alegria."
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